terça-feira, 22 de setembro de 2015

Elefante democratiza marketing


Cinco anos após seu surgimento, em Mogi das Cruzes, como um site de compras coletivas, o Elefante Verde está consolidado como uma poderosa startup que oferece suporte eletrônico visando democratizar o acesso ao marketing digital para mais de 50 franqueados espalhados por 12 estados brasileiros. Um negócio que envolve uma espécie de catálogo virtual com cerca de 600 mil empresas dos mais variados segmentos em todo o País, 15 mil delas apenas em Mogi.

Uma empresa de apenas 15 funcionários que, no ano passado, foi escolhida como uma das dez brasileiras do setor com maior potencial de impacto social no País, o que valeu a seu principal idealizador e dirigente um estágio de 10 dias junto ao Vale do Silício, conhecido como um dos mais avançados polos tecnológicos do planeta, que concentra algumas das principais empresas de tecnologia da informação de todo o mundo.

A startup mogiana também acaba de ser incluída entre as 30 primeiras de um seleto grupo de 50 empresas de grande potencial para negócios escolhidas pelo Banco Itaú para ter uma filial dentro do Cubo, um prédio preparado pela instituição financeira, na Capital, especialmente para facilitar os contatos com investidores ou fundos de investimentos, com objetivo de alavancar futuros negócios.

O reconhecido potencial do Elefante Verde, que tem dobrado de tamanho a cada ano e que continua crescendo, mesmo durante o atual período de crise, segundo seus dirigentes, é o principal trunfo para conseguir, nos próximos cinco anos, cumprir a meta de estar presente em todos os estados brasileiros, além de estender sua atuação a toda América Latina. Os contatos com novos investidores e a eficiência do modelo de negócios voltado especificamente para os pequenos empresários são a garantia vislumbrada pela atual diretoria para acreditar na plena viabilidade de seus projetos.

Franquias

Aos 32 anos, Caio Sigaki se lembra perfeitamente de quando chegou a Mogi, cinco anos atrás, com a ideia de criar um site de compras coletivas. Até então, ele era franqueado de uma escola profissionalizante, que decidiu investir em algo diferente. As compras coletivas realizadas pela internet eram o grande desafio da época, que ele e mais um amigo decidiram encarar.

Surgia então o Elefante Verde, que mesmo concorrendo com pelo menos mais 15 sites semelhantes, conseguiu se sobressair e se manter no mercado.
Já no ano seguinte, com a experiência obtida como franqueado, achou que poderia estender seu modelo de negócios por meio de franquias. O projeto se consolidou e a primeira delas logo surgiu na cidade mineira de Ponte Nova.

Outras viriam a seguir, mas, antes disso, ao notar os primeiros sinais de decadência das compras coletivas, ele decidiu trocá-las pelas plataformas de marketing digital, que ofereciam vários serviços a pequenos empresários ou autônomos interessados em divulgar seus serviços na internet.
A grande sacada do novo modelo era garantir visibilidade a seus potenciais clientes, que sem condições para pagar pela exposição em grandes veículos de comunicação, se dispunham a gastar bem menos para receber a plataforma do Elefante Verde.

A startup passou a oferecer à empresa parceira um espaço privilegiado no site, ranqueamento no Google, e-mail de marketing, cupom de descontos e um serviço de avaliação feita pelos próprios consumidores, que analisam e julgam o serviço que lhes é oferecido.

Cada cliente paga uma taxa que varia de R$ 5 mil a R$ 25 mil, além de 7% ao mês sobre o faturamento bruto, o que é controlado por meio da própria plataforma de negócios. Cabe, então, ao franqueado, buscar a sua clientela junto à sua cidade, ou região de atuação.

Tudo feito via internet, a partir da sede da empresa, localizada na Rua Coronel Souza Franco, no Centro de Mogi.

As franquias logo chegaram a meia centena, que vão desde Rio Branco, no Acre, até a conhecida Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, onde o franqueado é também o dono de uma empresa denominada “Carteiro Amigo”, responsável por entregar correspondências e compras feitas pela internet aos moradores de barracos localizados em pontos onde os entregadores convencionais não conseguem chegar em razão das restrições impostas pelos traficantes de drogas que dominam o local.

Com ajuda do franqueado, o Elefante Verde conseguiu criar o primeiro mapa da Rocinha disponibilizado na internet. E utilizando esta plataforma, ele consegue vender para toda a comunidade da Rocinha, fato que se transformou num case de sucesso, já explorado por publicações especializadas.

Mogi

Em Mogi das Cruzes, o grande catálogo eletrônico do Elefante Verde possui registradas pelo menos 15 mil empresas, divididas entre oito categorias básicas para facilitar o acesso, via internet: bares/baladas, beleza/saúde, compras, cursos, esporte/fitness, gastronomia, serviços e viagens/hotéis.
A clientela local mais os franqueados de 12 estados, com cerca de 600 mil empresas cadastradas, garantem ao Elefante um milhão de visualizações a cada mês, número que pode estar muito próximo de ser superado graças à constante evolução do site, que agrega novos serviços para a clientela, e ao lançamento de um aplicativo que irá facilitar o acesso por meio de smartphones.

“Nosso objetivo é facilitar o acesso do pequeno empresário ao marketing digital”, garante Sigaki, que cobra entre R$ 59,00 e R$ 300,00 para que o cliente venha a ter o seu negócio em destaque entre os catalogados da startup por mês. Esse valor pode variar dependendo da quantidade de serviço que o cliente queira apresentar aos internautas. Com uma senha, o cliente pode gerir o seu site alterando ofertas ou modificando preços e produtos, sempre com o suporte vindo de Mogi ou do franqueado ao qual ele estiver vinculado.

Para fazer funcionar toda essa estrutura, o Elefante Verde mantém uma dezena e meia de pessoas em sua sede, em Mogi, sendo que seis delas se preocupam unicamente com a tecnologia para cuidar do produto e mantê-lo sempre atualizado, conforme exige a rapidez do mundo virtual.
E para alcançar os planos de atender a toda América Latina, os sócios responsáveis pelo Elefante Verde estão permanentemente em contato com investidores que poderão possibilitar a evolução do negócio, mesmo durante um ano de crise econômica.

“É justamente em tempos de dificuldades que o pequeno empresário precisa vender, divulgando melhor o seu produto. E o marketing digital é o caminho mais fácil para isso”, afirma Sigaki, sabedor de que há uma enorme clientela a ser conquistada. Dados do mercado virtual apontam que 70% dos pequenos empresários ainda estão fora da internet, num momento em que mais da metade da população tem acesso à rede.

“Nosso objetivo é divulgar o nome de Mogi das Cruzes, procurando sempre valorizar ao máximo a nossa Cidade”, afirma Sigaki, ressaltando que uma das metas do Elefante é chegar a ser “a melhor empresa para se trabalhar em todo o Alto Tietê” e, com isso, conseguir atrair as melhores cabeças pensantes do setor digital da Região para “que possamos continuar crescendo”. A ideia de se criar um bom ambiente de trabalho visa atrair talentos de Mogi e cidades próximas que hoje estão atuando junto a empresas da Capital e até de outros estados.

Fonte: Darwin Valente

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