quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Desemprego na construção civil preocupa


“Para não dizer que está parado, o mercado está muito devagar”. A constatação é do diretor regional do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Mogi das Cruzes (SindusCon), Mauro Rossi, que avalia as vendas do setor como fracas e diz que o número de distratos (desistências de contratos tem crescido nos últimos meses). O índice de emprego, que serve de parâmetro para avaliar a saúde do segmento, também vem fechando no vermelho.
De acordo com pesquisa realizada pelo SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o setor apresentou decréscimo de vagas entre junho e julho deste ano em Mogi das Cruzes (-237 postos) e em Suzano (-190 postos). Os números equivalem a, respectivamente, uma perda de 2,57% e 6,46% da força de trabalho na construção civil dos dois municípios. Mogi também fechou no vermelho no acumulado do ano - levando em conta as demissões e contratações - com déficit de 177 vagas.
Para Mauro Rossi, o setor deve ter dificuldades para se recuperar, sobretudo por conta da recente perda de grau de investimento do País, que deve resultar em problemas para obtenção de crédito, taxas mais altas e produtos mais caros. “Para o nosso setor, devido à dificuldade de crédito e a impossibilidade do governo em manter os programas sociais, as vendas vão cair ainda mais e o nível de inadimplência irá crescer. Acredito que, se não inviabilizar, vai ao menos comprometer - e muito - o programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e também as Parcerias Público Privadas”, destaca.
Fonte: Danilo Sans

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