quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Campanha da Fiesp critica a criação de mais impostos

Manifesto já registrou, até a tarde de ontem, quase 90 mil assinaturas de insatisfeitos com a alta carga tributária.



Com o objetivo de pressionar o governo Dilma Rousseff contra o aumento e a criação de impostos, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) lançou, na última segunda-feira, a campanha "Não Vou Pagar o Pato". O manifesto já registrou quase 90 mil assinaturas até a tarde de ontem.
A atual carga tributária é alta. Um exemplo é o preço da passagem do transporte público que custa R$ 3,50. Deste valor, R$ 1,18 é imposto. No caso da gasolina que custa R$ 3,09 o litro, R$ 1,86 é tributo. As informações estão no site da campanha (www.naovoupagaropato.com.br). A ação também foi criada para conscientizar a sociedade sobre a carga tributária, segundo Paulo Skaf, que preside a Fiesp. "Material escolar tem 40%, em média, de impostos", afirmou. "Naquela geladeira de R$ 1.000 há R$ 400 de impostos", exemplificou.
Para o diretor do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), José Francisco Caseiro, a campanha é fundamental para conscientizar as pessoas sobre os impostos que são muitos, além de serem mal aplicados. "É preciso lutar contra a criação de mais impostos e demonstrar às autoridades o descontentamento existente hoje e que é hora do governo fazer a parte dele, cortar na carne. Costumo dizer que o imposto é um mal do século e, como uma doença, precisa ser combatido", avaliou.
A expectativa com o início a campanha é sensibilizar as autoridades e "frear" a criação de impostos, segundo Caseiro que destacou o fato de os Impostos Predial e Territorial Urbano ou o de Propriedade sobre Veículos Automotores não serem os únicos tributos pagos pelos contribuintes. "O brasileiro paga mais de 60 tributos e contribuições, que incidem sobre a renda, previdência, sobre o patrimônio e sobre os bens consumidos", explicou. "Estima-se que de 12 meses trabalhados pelos brasileiros, cinco são para pagar impostos. É por isso que não podemos permitir que a população 'pague o pato' pela série de equívocos que tem ocorrido na economia nacional".
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos Miguel Torres também é a favor da campanha. "Acho que agora o empresariado está se movendo. Acredito que a solução seria uma reforma tributária", ressaltou. "Essa é uma campanha importante. Os trabalhadores assalariados pagam cada vez mais impostos. E esses tributos não são aplicados de forma adequada, pois vemos que falta saúde, transporte e educação".
Fonte: Portal News

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