quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cidades fazem cortes para enfrentar crise


A crise econômica atingiu em cheio as Administrações Municipais do Alto Tietê. Com arrecadação abaixo das previsões orçamentárias e aumento de gastos - com energia elétrica, por exemplo -, os prefeitos apertam os cintos para conseguir chegar ao final do ano com um mínimo de equilíbrio Na balança de receita e despesas. Em algumas cidades, a queda no orçamento bate os 20% e além da suspensão de festas, já se pensa em medidas mais extremas, como o corte do funcionalismo.
As dificuldades afetam todas as cidades. Em Mogi das Cruzes, que é a maior do Alto Tietê, a arrecadação está quase 7% abaixo do esperado, o que levou a Prefeitura a rever, para menos, a previsão orçamentária do ano que vem. Em Ferraz de Vasconcelos, que integra o grupo das 100 cidades mais pobres do País, o prefeito Acir Filló (PSDB) não titubeia em classificar a situação como “temerária”. 
“Os recursos do Governo Federal sofreram queda de 3,19%, concentrada sobre o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), que é a segunda maior receita do Município. Não houve interrupção de obras, mas estamos reduzindo o custeio do serviço público, como por exemplo em horas extras, consumo de combustível, manutenção de veículos, água, energia elétrica e material de consumo. É preciso reduzir o custeio da máquina pública para manter os investimentos sobre áreas essenciais”, diz Filló.
Mas é nas prefeituras menores, como são o caso de Biritiba Mirim e Salesópolis, que o quadro é mais preocupante. Essas cidades, em razão das restrições ambientais, não possuem indústrias, e os setores de serviços e comércios são tímidos. Elas dependem, quase que integralmente, de repasses dos governos federais e estaduais. E é aí que reside o problema maior, já que são justamente esses recursos que estão comprometidos. Com atrasos e valores inferiores ao previsto. 
Fonte: Mara Flôres

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