segunda-feira, 27 de julho de 2015

Mogiano adota novos hábitos de consumo


Diante da crise econômica, o consumidor mogiano está tendo de gastar sola de sapato para manter a geladeira e a despensa cheias. Procurar pelas ofertas, em diferentes estabelecimentos, é a solução para o enfrentamento dos preços absurdos, segundo eles. Substituir um tipo de alimento por outro mais barato também vale e, por fim, há muita gente desistindo das compras de mês e optando por adquirir menos produtos em mais idas ao mercado.

Nesse mês, um alimento específico surpreendeu a todos pelo aumento nas gôndolas: a cebola. Essencial para temperar, ela está presente no dia a dia da população, mas deve ficar fora das receitas por um tempo. Em Mogi, a reportagem pesquisou o preço do produto em vários locais. O quilo mais barato foi encontrado a R$ 6,00 e o mais caro a R$ 12,00. “Eu me lembro que no começo do ano a gente comprava um quilo de cebola por R$ 1,20, R$ 1,50 no máximo. Já peguei uma promoção de R$ 0,90. Agora não dá mais. A gente compra uma ou duas só para usar nos pratos em que não tem como a cebola ficar de fora”, comentou a dona de casa Ana Lúcia Marcondes, 36 anos.

Já a também dona de casa Maria de Lourdes Ferreira, 53 anos, contou que cortou os produtos supérfluos como iogurtes, biscoitos e chocolates, mas também fez mudanças no cardápio da casa dela, aproveitando ofertas e usando frutas e legumes da época. “Eu busco a promoção. Não vou ao supermercado pensando em comprar determinado produto para a minha receita. Penso na receita depois que compro o produto, mais barato. Com a carne também acontece a mesma coisa. Eu costumava comprar alcatra e contrafilé. Hoje, já opto por uma carne moída porque é mais versátil e ainda pode ser misturada com outras coisas para render mais”, explicou Maria.

As mudanças feitas pelos consumidores se justificam. Além da cebola, que está muito cara, outros alimentos também sofreram o aumento dos preços repassado pelos produtores aos estabelecimentos e, consequentemente, aos clientes – culpa da inflação e também da sensação de insegurança que a crise traz, fazendo com que algumas coisas tenham preços elevados sem uma justificativa plausível. Um maço de brócolis, em média, está sendo vendido a R$ 4,00. O jornal encontrou pêra, por exemplo, a R$ 2,20 a unidade; R$ 5,69 o quilo do melão; R$ 4,00 o quilo da mandioca; R$ 5,00 o quilo da batata, R$ 10,00 o quilo da mandioquinha, R$ 15,00 o quilo de pimentão amarelo, e por aí vai.

Fonte: Sabrina Pacca

0 comentários:

Postar um comentário