quarta-feira, 8 de julho de 2015

Inadimplência tem redução no primeiro semestre em Mogi


Mogi das Cruzes fechou o primeiro semestre do ano com redução na taxa de inadimplência. Os dados são da Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) e mostram que 6.855 dívidas deixaram de ser pagas pelos consumidores nos seis primeiros meses do ano, índice 11,5% menor do que o registrado no mesmo período de 2014, mas também foi 16,36% menor o número de pessoas que quitaram seus débitos.
O balanço divulgado nesta segunda-feira (6), revela que o Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) entra no segundo semestre com 29.680 dívidas inscritas na inadimplência, o que representa um prejuízo de R$ 14,2 milhões para o comércio. São 22.500 consumidores com restrições de crédito em razão da falta de pagamento de compras (o cadastro do SCPC fica ativo por um período de cinco anos e uma mesma pessoa pode ter várias dívidas pendentes, por isso, o número de débitos é maior do que o de inadimplentes).
Os dados do semestre indicam que, com exceção dos meses de março e abril, em todos os outros o número de inclusões no SCPC foi inferior ao mesmo período do ano passado. Nos seis primeiros meses, 6.855 dívidas foram incluídas no cadastro da inadimplência, contra 7.746 de 2014 – diferença de 11,5%.
Os homens, na faixa etária dos 30 a 40 anos, representam a maioria dos inadimplentes no primeiro semestre de 2015. Eles respondem por 71% das dívidas que não foram pagas, enquanto as mulheres por 29%. A maior parte dos consumidores – 90% – revela ser solteira, embora muitos convivam em união estável.
Já no caso das exclusões, a redução dos indicadores foi maior. No primeiro semestre do ano passado, 5.023 dívidas foram pagas, enquanto agora em 2015 foram 4.201. Na prática, -16,36% débitos deixaram de ser quitados pelos consumidores e continuam ativos.
“Os índices de inadimplência têm aumentado em todas as regiões e setores, então, o fato de no comércio ele ter caído no primeiro semestre é favorável.

Mas não podemos deixar de levar em conta que as exclusões caíram numa proporção ainda maior, o que que confirma as dificuldades das pessoas em quitarem seus débitos. Bom mesmo seria se a queda na inadimplência fosse acompanhada de um aumento das exclusões, com mais pessoas pagando suas dívidas”, ressalta Marco Zatsuga, vice-presidente da ACMC e diretor do SCPC.
As estatísticas revelam também que o movimento de consumidores no comércio foi menor no primeiro semestre deste ano, já que o volume de consultas por parte das lojas no SCPC foi 1,5% menor. As consultas servem de termômetro, pois elas são o recurso utilizado pelos comerciantes para certificar a condição de crédito do consumidor antes de efetivar a venda.  O movimento foi menor nos quatro primeiros meses, mas reagiu nos dois últimos meses, que foram os que tiveram as datas comemorativas do Dia das Mães e Dia dos Namorados.
“Nessas datas, há um apelo maior junto ao consumidor e as lojas investem em promoções e outros atrativos”, avalia Zatsuga. “A expectativa é de que neste segundo semestre haja um começo de recuperação da economia, com a geração de empregos e  a melhoria de renda, para que o consumo volte a aquecer e as pessoas tenham condições de pagar suas dívidas”, conclui o vice-presidente da ACMC.
Fonte: G1

0 comentários:

Postar um comentário