quinta-feira, 30 de julho de 2015

Alto Tietê cai duas posições no ranking estadual de exportações

Exportação no 1º semestre foi 13,9% menor do que no ano passado. 

Crise também afetou a importação, que caiu 17,9%.

A indústria do Alto Tietê viu sua participação no mercado externo diminuir no primeiro semestre deste ano. Segundo levantamento dos Departamentos de Estudos de Pesquisas Econômicas (Depecon) de Relações Exteriores (Derex) do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e da Fiesp, a região reduziu as exportações em 13,9% e as importações caíram 17,9% no primeiro semestre deste ao, em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado coloca a Diretoria Alto Tietê do Ciesp na 22ª posição no ranking de exportação das 39 regiões industriais paulistas, responsáveis por 26,4% do que foi vendido pelo Brasil no mercado global.
A indústria regional vendeu, no primeiro semestre de 2015, US$ 399,1 milhões no mercado externo, volume é 13,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. A situação atual é diferente da registrada no primeiro semestre do ano passado, quando o Alto Tietê teve alta nas exportações e ocupou a 20ª colocação no ranking estadual.

Com isso, a corrente de comércio regional teve retração de 16,5%, indo de US$ 1,31 bilhão para US$ 1,09 bilhão. O saldo da balança comercial, no 1º semestre de 2015, foi deficitário em US$ 294,1 milhões, enquanto, no mesmo período de 2014, o saldo foi deficitário em US$ 381,2 milhões, uma queda de 22,9%.

“Essa queda nas exportações e nas importações é reflexo também da crise pela qual a indústria de transformação passa. Agora, os números são preocupantes porque com a valorização do dólar, esperava-se um melhor desempenho das vendas externas, num contraponto aos negócios no mercado interno, que estão parados. Mas esse balanço mostra que, mesmo com o dólar alto, as nossas empresas enfrentam dificuldades para produzir e competir com os concorrentes externos, o que explica também a redução nas importações de matéria-prima e equipamentos”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê. “Ou seja, está muito ruim internamente e também está difícil lá fora, salvo para algumas poucas empresas”, acrescenta. 
Produtos exportados
A remessa de produtos ao exterior dos oito municípios que compõem a Regional do Ciesp Alto Tietê, no 1º semestre de 2015, foi de US$ 399,1 milhões, enquanto no mesmo período do ano passado, ela somou US$ 463,5 milhões.

Nas exportações da região, os destaques são: Papel e cartão, obras de pasta de celulose, de papel ou de cartão (US$ 122,8 milhões); Produtos farmacêuticos (US$ 35,7 milhões); Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 33,2 milhões). Os principais destinos das exportações da região foram: Estados Unidos (21,7% do total exportado); Argentina (17,6%) e Paraguai (5,9%).
Já as importações caíram 17,9%, passando de US$ 844,7 milhões para US$ 693,1 milhões, entre o 1º semestre de 2014 e o mesmo período de 2015. Na pauta importadora da região, os destaques são: Reatores nucleares, caldeiras, máquinas, aparelhos e instrumentos mecânicos e suas partes (US$ 125,1 milhões); Produtos farmacêuticos (US$ 97,0 milhões); Produtos químicos orgânicos (US$ 83,5 milhões).

As principais origens dos produtos importados pelo Alto Tietê foram: Estados Unidos (21,4% do total importado); Alemanha (15,4%) e Japão (11,5%).

Destaque
Segundo o levantamento da Fiesp/Ciesp, a partir de dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o município de Suzano é o principal exportador da região, respondendo por 68,7% (US$ 274,1 milhões) das exportações do Alto Tietê.

Mogi das Cruzes ocupa a segunda colocação, com US$ 85,3 milhões (21,4% do total). Biritiba Mirim é a única cidade da regional que não registrou nenhuma venda no comércio externo no primeiro semestre.
Nas importações, o município de Suzano também é o principal destaque da região, respondendo por 59,5% das importações do Alto Tietê, com um volume de US$ 412,3 milhões em aquisições no mercado global. Novamente, Mogi das Cruzes aparece em segundo lugar, US$ 184,5 milhões importados, o que corresponde a 26,6% do total.
Fonte: G1

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