sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Indústria demite pelo 11º mês


O nível de emprego industrial na Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) iniciou 2016 em queda, mantendo a trajetória registrada desde fevereiro do ano passado. É o 11º mês de performance negativa. A pesquisa leva em consideração os dados de janeiro, quando o mercado de trabalho teve uma variação de -1,03%, o índice representa o fechamento de cerca de 650 postos de trabalho na passagem de dezembro para o primeiro mês do ano nas cidades de Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano.
O quadro preocupa porque a tendência é de mais números desfavoráveis em fevereiro, quando apenas em Mogi, a unidade da Gerdau, localizada na Rodovia Mogi-Salesópolis, demitiu 204 funcionários. Há uma tentativa do Sindicato dos Metalúrgicos para reverter as dispensas. Mas, de concreto, nada foi ainda obtido.
Com o resultado de janeiro, o Alto Tietê ficou na 26ª colocação no ranking das 35 regiões do Estado e, mais uma vez, o nosso índice de demissões superou a média estadual, que foi de -0,63%. Nos últimos 12 meses, o acumulado na Região é de -11,39%, o que corresponde a uma redução de aproximadamente 7.950 postos de trabalho.
“Começamos mal 2016, o que não é uma surpresa dado o cenário que vivemos. Mas é desanimador saber que estamos num período que tem sido o pior da história para a indústria. Encerramos 2015 com uma queda de 6% na atividade industrial e esse patamar deve se repetir neste ano, com efeitos desastrosos no mercado de trabalho não só do setor, mas também num efeito cascata para outros segmentos”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.
Janeiro tradicionalmente é um mês de geração de empregos, mas o levantamento indica o contrário disso, com indústrias enxugando ainda mais os seus quadros. “Só a união dos empresários pode fazer alguma diferença neste cenário conturbado e de inércia do governo”, acrescentou.
O índice do nível de emprego foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Celulose, Papel e Produtos de Papel (-3,75%); Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-2,45%); Metalurgia (-3,01%) e Produtos de Minerais Não-Metálicos (- 1,12%) (veja quadro com dados do acumulado nos últimos 12 meses).
Fonte: O Diário

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