A diminuição na produção de moedas, o velho costume de guardá-las num cofrinho e até mesmo as facilidades com o uso dos cartões de débito e crédito tem contribuído para que as moedas se tornem um artigo escasso no mercado. Sem elas, os comerciantes enfrentam dificuldades na hora de dar o troco para os consumidores. Para driblar isso, a direção da Associação Comercial dá algumas dicas para incentivar a colocação das moedas em circulação.
“Os bancos e as casas lotéricas são algumas opções para obter troco, mas há determinados períodos que nem eles têm moedas. Acreditamos que o caminho é usar a criatividade e até mesmo atrelar o pagamento em moedas a alguns benefícios para o consumidor”, ressalta Silvio Moraes, diretor da ACMC.
Alguns estabelecimentos contemplam os clientes que levam determinadas quantias em moedas para trocar com bônus. Ou seja, além de trocar por cédulas o valor equivalente das moedas, ainda dão um pastel de brinde, como acontece numa pastelaria do Mercado Municipal, ou pãezinhos e lanches, no caso de padarias e supermercados.
Em outros comércios, a solução encontrada quando falta o troco é a substituição dele por vales que, posteriormente, podem ser trocados pelo consumidor por produtos ou pelo próprio dinheiro. Os clientes, no entanto, não são obrigados a aceitar e, em caso de recusa, cabe ao comerciante encontrar um jeito de conseguir o troco.
“Cada estabelecimento tem uma necessidade de troco e deve buscar a alternativa que melhor lhe atenda. Muitas vezes, arredondar os preços já é suficiente, mas quando isso não é possível, usar a criatividade para incentivar as pessoas a colocarem as moedas em circulação é essencial”, orienta Moraes.
Ele destaca a importância do estabelecimento expor cartazes com dizeres do tipo “Traga moeda, facilite o troco...”; no momento do pagamento, sempre perguntar ao consumidor se ele tem trocado, mesmo que a compra por de valores cheios; e deixar os vendedores cientes de que podem colocar opções aos consumidores de que comprando em múltiplos o valor fique cheio.
“É importante o cliente ter a ciência de que deixar dinheiro parado em casa representa perda por causa da inflação. Além disso, facilitar o troco acelera o atendimento no caixa, reduz a fila e o tempo de espera do consumidor”, argumenta.
Segundo o Banco Central, são produzidas em média 100 moedas/mês por habitante.
Fonte: O Diário
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