quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Na GM, 350 funcionários vão aderir ao 'lay-off'

Decisão foi tomada em assembleia realizada ontem e afeta metade dos 700 trabalhadores da montadora; crise motivou aprovação da proposta.



Em assembleia realizada na tarde de ontem os trabalhadores da General Motors (GM), da unidade de Mogi das Cruzes, aprovaram proposta de lay-off (suspensão do contrato de trabalho) da empresa por cinco meses. A partir do dia 8 deste mês até 7 de março de 2016, 350 dos cerca de 700 trabalhadores da fábrica vão ficar afastados recebendo seguro-desemprego.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Silvio Bernardo, que conduziu a assembleia, com o lay-off os trabalhadores vão receber 13º salário, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) e terão garantia de emprego por três meses após o período de afastamento. A GM é uma das primeiras empresas da região a aderir a este modelo.
Segundo o presidente do Sindicato, Miguel Torres, trata-se de uma medida extrema, mas que vai garantir os empregos de quase metade da fábrica. "Garantir emprego e renda neste tempo de crise é fundamental", afirma.
Na segunda-feira, a GM já havia suspendido o segundo turno de trabalho da fábrica de São Caetano do Sul, na região do ABC Paulista, até março de 2016 e anunciou o lay-off de mais 1,6 mil empregados no mesmo período. Segundo a montadora, a medida foi necessária para adequar a produção à queda de demanda do mercado.
A suspensão temporária no ABC ocorrerá no mesmo período da unidade mogiana. Além dos 1,6 mil trabalhadores atingidos pela medida, 700 funcionários da empresa de São Caetano do Sul, em lay-off desde novembro, continuam com os contratos suspensos por mais 90 dias.
Campanha
Ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos de Mogi havia informado que realizará, no próximo dia 21, um ato para divulgar o andamento das negociações da campanha salarial deste ano. Silvio Bernardo adiantou que a pauta com as reivindicações havia sido entregue às entidades patronais em 22 de setembro e que as negociações prosseguem até o dia 30 deste mês.
Entre as reivindicações da categoria estão a reposição das perdas, aumento real, valorização dos pisos, estabilidade do delegado sindical, manutenção das cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho, entre outros. Bernardo ressaltou que algumas assembleias estão sendo realizadas na porta das empresas , com o intuito de mobilizar a categoria e sensibilizar o patronato.
Fonte: Portal News

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