sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Movimento reduzido já preocupa


Com movimento abaixo do comum para a época, o comércio de Mogi espera com ansiedade e incerteza os resultados das vendas para o Dia das Crianças. Os lojistas evitam falar em números, mas estão se preparando para rendimentos não tão bons - uma das maiores lojas de brinquedos do Centro, por exemplo, chegou a reduzir pela metade o número de contratações temporárias.
Diante do cenário econômico nacional, a expectativa oficial para o setor, segundo divulgou a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC), é de aumento de apenas 3% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2014, a previsão para a data era a de aumentar em 10% este volume. Para tentar melhorar os números, a entidade deu início na semana passada a uma campanha promocional que vai sortear bicicletas e um tablet para o consumidor que comprar até a próxima segunda-feira. (leia mais nesta página).
Conforme destaca a comerciante Margarida Hoshina, proprietária da loja Parakids, o movimento de clientes está começando a se aquecer agora, mas subiu pouco em comparação aos anos anteriores. “A gente tem expectativa que o movimento cresça em relação ao restante do ano, principalmente para quem trabalha diretamente com produtos infantis, como nós. Mas o resultado, em comparação ao Dia das Crianças do ano passado, será uma caixinha de surpresa, porque 2015 está sendo difícil”, avalia.
Já Nilton Celestino dos Santos, gerente do Barracão, loja especializada em artigos domésticos e, sobretudo, brinquedos, torce para que pelo menos o resultado não fique no vermelho. “A gente sempre espera um aumento, mas diante do cenário, já ficaremos satisfeitos se vendermos o mesmo que no ano passado”, pondera.
O gerente conta que trabalhou em 2014 com um reforço de 10 trabalhadores temporários para o final do ano. Esse número foi reduzido pela metade por conta das incertezas. “Não sabemos como vai ser. De qualquer forma, seremos surpreendidos - só espero que seja no bom sentido”, ressalta, dizendo que por enquanto o movimento ainda está “muito tímido”.
Mesmo assim, a esperança é a de que os mogianos deixem as compras para a última hora, já que o Dia das Crianças é a segunda melhor data do ano para a loja. Segundo o gerente, os itens mais procurados do momento são aqueles relacionados a personagens infantis dos filmes Frozen e Minions - além das bolas de futebol, “que são tradicionais, mas sempre vendem bastante”.
Quem compra também está pesquisando mais antes de abrir a carteira. A aposentada Áurea Maria dos Santos, de 69 anos, vai presentear os seis netos. Ela começou as compras mais cedo, para evitar a correria da última hora, mas também porque a verba está curta. “Não dá pra comprar tudo de uma vez”, afirma. Ela gastou R$ 80,00 nos dois primeiros brinquedos, para os dois meninos da família. Os presentes das meninas terão de esperar o pagamento do mês. “A família cresce, aumenta o gasto. Mas não dá pra passar em branco. A gente precisa dar pelo menos uma lembrancinha, senão os bichinhos ficam chateados”, finaliza. 
Fonte: Danilo Sans

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