quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Construção civil mantém demissões em Mogi


Mogi das Cruzes tem fechado, por mês, uma média de 60 postos de trabalho na construção civil. O setor é um dos mais impactados pela crise econômica e só no período entre janeiro e agosto contabiliza aproximadamente 450 demissões, uma retração de 4,76% nos últimos 12 meses.
E as expectativas para os próximos meses não são nada animadoras. A projeção é de uma queda ainda maior no nível de emprego, como aponta a direção do Sindicato da Indústria da Construção Civil (SindusCon-SP). Os investimentos na área são cada vez mais escassos, com praticamente nada de lançamentos e apenas continuidade de projetos que já vinham em andamento, os quais também são tocados agora num ritmo reduzido.
Um dos setores mais afetados é o da construção industrial, já que a indústria enfrenta um momento de grande dificuldade e com muitas demissões. “Se não vende, a indústria também não gasta. A atividade está totalmente retraída”, pontua o engenheiro Orlando Pozzani.
A Construtora Pozzani, da qual é proprietário, atua na construção industrial e viu sua demanda retrair cerca de 50% neste ano. O resultado disso no mercado de trabalho é direto. Na mesma proporção, a empresa reduziu em 50% o número de funcionários e está se desdobrando para manter os 50% que ainda estão empregados, a maioria funcionários com mais tempo de casa.
“Apesar da situação difícil, não posso desmontar a equipe toda. O Brasil não vai fechar e uma hora tem que voltar a crescer. Quando isso acontecer, é preciso estar preparado”, justifica o engenheiro, ao ressaltar que o setor é um dos primeiros a parar numa situação de crise. “Se a pessoa está apertada de dinheiro, a primeira coisa que ela faz é adiar a reforma ou a construção. Mas tem uma coisa. A construção civil também é a primeira a se recuperar quando a economia volta a aquecer”, observa. 
Fonte: Mara Flôres

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