quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Alto Tietê já tem o pior índice de emprego dos últimos 13 anos

De janeiro a setembro, saldo de emprego é negativo em 5.300 vagas. 
Menor índice registrado até então era 2014, com criação de 1.110 vagas.


O ano de 2015 nem terminou e o Alto Tietê já alcançou o pior nível de geração de emprego dos últimos 13 anos segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. 

Segundo o levantamento, as dez cidades da região possuem um saldo negativo – entre janeiro e setembro deste ano – de 5.300 postos de trabalho. Para se ter uma ideia, até então, o pior saldo anual registrado havia sido 2014, quando foram criados 1.110 postos de trabalho em 12 meses. O ápice da geração de emprego na região foi registrado em 2010, quando o Alto Tietê fechou o ano com 18.684 novos empregos formais.

A série histórica que acompanha a evolução do emprego começou em 2002, ano em que a região do Alto Tietê teve um saldo positivo de 10.622 postos de trabalho. Em 2010 chegou em seu melhor desempenho, despencando em 2014. 

Em 2015, a região já possui um saldo negativo, ou seja, a região não só deixou de contratar, como fechou postos de trabalho já consolidados – chegando na pior fase do mercado desde 2002.


De janeiro a setembro deste ano, a maioria dos postos de trabalho na região foram fechados em Mogi das Cruzes, que no período ficou com saldo negativo de 2.049 vagas. Em seguida está Itaquaquecetuba, com 1.676 postos de trabalho fechados no ano. 

Junto com Suzano, as duas cidades possuem os maiores parques industriais da região, setor que mais perdeu vagas em 2015. Segundo o Caged, foram feitas 5.607 demissões no período analisado.

Em agosto, a Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) já havia divulgado que oito cidades do Alto Tietê registraram queda de 2,6 mil postos de trabalho até julho de 2015.

“O cenário é o pior que poderíamos imaginar para esse ano e que, infelizmente, pode se agravar ainda mais caso a crise política do Brasil não seja contornada e medidas sejam implantadas imediatamente para reaquecer a economia”, avaliou na ocasião, José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.

O que segurou o índice regional com saldo negativo de 5.300 vagas de trabalho com carteira assinada foram os setores de serviços – que contratou 1.492 no ano, e comércio, com saldo positivo de oito postos de trabalho.

Setembro
Segundo o Caged, o Alto Tietê registrou mais um mês negativo para a geração de emprego. Em setembro o saldo ficou negativo em 1.457 vagas. Em agosto entre admissões e demissões, a região acabou perdendo 1.377 postos de trabalho. Em julho, o Alto Tietê perdeu 2.025 vagas, número cinco vezes maior do que todo o primeiro semestre, quando o saldo ficou negativo em 347 vagas.

Fonte: G1








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