sexta-feira, 15 de abril de 2016

Indústria do Alto Tietê tem maior índice de demissões desde a crise

Dados do Ciesp mostra que, em março, 1,9 mil foram demitidos. 
Nos últimos 12 meses, já foram feitas 9.450 demissões no setor.



O nível de emprego industrial na Diretoria Alto Tietê do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) atingiu, em março, o pior patamar desde o início da crise econômica ao apresentar uma variação de -3,04%. Isso significa que, no último mês, a indústria da região fechou 1.900 postos de trabalho, superando os meses de outubro e novembro do ano passado, até então os piores, com 1.200 demissões em cada um deles.
O desempenho do Alto Tietê também foi um dos mais negativos do Estado de São Paulo, ficando no 34º lugar no ranking das 35 regiões industriais paulistas, à frente apenas de Cubatão, onde a variação foi de -3,28%. O saldo é, ainda, muito superior ao registrado na Grande São Paulo (-1,00%) e no Estado (-0,15%).
Com o resultado de março, o nível de emprego industrial no Alto Tietê acumulado no ano é de -4,50%, representando uma queda de aproximadamente 2.800 postos de trabalho no primeiro trimestre. Nos últimos 12 meses, o acumulado é de -13,66%, o que corresponde a 9.450 demissões.
“Atingimos, infelizmente, o pior patamar no desempenho das nossas indústrias. Os problemas que começaram em 2014, avançaram no ano passado e se mostram ainda mais difíceis neste ano, superando os índices de 2009, ano da crise internacional. Com produção parada, não tem como segurar os empregos, principalmente, porque não há perspectivas de mudanças a curto prazo. Para a maioria das indústrias, a situação é crítica”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.
“O que temos de fazer é levar aos empresários o máximo de informações e apontar alguns caminhos que possam ajudar as empresas a atravessar essa crise de alguma forma. E rezar para que ocorram mudanças no governo que possibilitem o restabelecimento da confiança no Brasil o quanto antes. Não adianta a presidente falar em pacto caso permaneça no poder, se até agora não vimos nada ser feito para mudar essa atual situação da economia brasileira, apenas uma queda de braço para mostrar quem tem mais munição política”, acrescenta.
Em março, o índice do nível de emprego industrial no Alto Tietê foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Metalurgia (-40,00%); Produtos de Borracha e de Material Plástico (- 4,79%); Produtos Químicos (-4,22%) e Produtos de Minerais Não-Metálicos (-1,94%), que foram os setores que mais influenciaram o cálculo do índice total da região.
Fonte: G1

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