sexta-feira, 1 de abril de 2016

Comerciantes investem contra a crise


Mesmo com cenário econômico pouco favorável aos negócios o Centro de Mogi das Cruzes - já com vários pontos comerciais fechados ou disponíveis para locação - sustenta uma semente de empreendedorismo que busca na crise a oportunidade de florescer. Em vez de fechar as portas ou esperar o mau momento passar, espaços segmentados, serviços e lojas consolidadas investem na tentativa de atrair clientes e manter a receita em dia.

O egipcio Monem Armando, de 32 anos, está em três meses em Mogi e veio para cidade a fim de abrir um restaurante de comida árabe, na Rua Coronel Souza Franco. Para ele, os negócios vão bem. "Sabendo levar, dá para crescer na crise, e aqui ainda não tinha restaurante de comida típica", ressalta.

Conforme observa o diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-SP), Bruno Caetano, a inflação alta e o desemprego levaram trabalhadores formais a procurarem alternativas de trabalho. E eles optaram por abrir um negócio. "É o empreendedorismo por necessidade, que nasce sem planejamento e como última saída de ganha pão, observa".

Mesmo assim, "abrir um negócio por necessidade não significa fracasso, mesmo em tempos turbulentos", acrescenta Caetano. A empresa que tiver um diferencial será mais competitiva, e é sabido que maus momentos também servem para se descobrir novas possibilidades.

É no diferencial que o comerciante Hyro Cardoso Pereira Junior aposta. Ele é dono de uma loja de vestuário localizada no calçadão da Rua Doutor Paulo Frontin e conta que já passou por outras crises desde que começou a empreender, há 29 anos. "O comerciante precisa-se dedicar e trabalhar muito para se manter no momento difícil", pondera.

Quando percebeu a primeira alteração no movimento, o empresário investiu na compra de novos produtos. "Estamos aumentando a variedade para poder oferecer algo mais ao cliente. É fato que todos estão fazendo economia, mas muitos precisam comprar, e temos que atender esse público".

Fonte: O Diário

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