quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Especialista em consumo de Mogi alerta sobre 'preços quebrados'

Preços com final R$ 0,99 exigem troco, diz Dori Boucault.
Supermercados e lojas costumam quebrar preços para atrair consumidor.



Supermercados e lojas costumam exibir grandes cartazes coloridos e chamativos nas vitrines, principalmente quando há ofertas e promoções. No entanto, em muitos casos, o obejtivo do estabelecimento é apenas chamar a atenção do consumidor para um 'valor quebrado'. 
Por exemplo: o que poderia custar R$ 8,00 aparece no cartaz como R$ 7,99. Neste caso, o especialista em consumo Dori Boucault, de Mogi das Cruzes, afirma que o consumidor tem de levar R$ 0,01 de troco.
"Isso é uma estratégia de marketing. Pessoal, fique atento na hora do pagamento para exatamente você não deixar esse centavo para a empresa. Neste caso, você teria um empobrecimento indevido e a loja um enriquecimento ilícito. Se possível, todo aquele valor somado da compra do mês, pague em cheque ou em cartão de crédito ou débito. Daí já some essa possibilidade de perda", explica.
Dori diz que a loja não pode ficar com aquele R$ 0,01 do troco. "Ninguém pode ficar com aquilo que não lhe pertence, o dinheiro é do consumidor. Então tem que dar um jeito, arredonda-se para baixo, ou seja, tem que dar uma solução. O que não pode é querer dar bala, chiclete ou caixa de fósforo. 
Tenta voltar ao estabelecimento e comprar com bala, chiclete ou caixa de fósforo. Não aceite: dinheiro é cheque, cartão ou na forma da moeda. Não deu certo, deu discussão, que se faça um vale. O que não pode é não resolver o problema para o consumidor", indica.
Um supermercado de Mogi das Cruzes, assim como vários outros, costuma utilizar cartazes com preços quebrados. Os consumidores relatam que a informação causa sim uma ilusão de ótica e, naturalmente, acabam arredondando o preço para menos. "Se a placa tiver R$ 5 eu já acho caro. E a diferença é um centavo", explica a consumidora Marlene da Silva Siqueira.
Segundo José Maria de Almeida, gerente do supermercado, nos caixas os preços são sempre arrendodados para baixo. "A maior dificuldade é moeda, então a gente favorece o consumidor. O consumidor não pode pagar mais caro porque eu não tenho troco".
O especialista em gestão financeira Robson Mello garante que a prática de quebrar os preços não é ilegal. "Isso é legal. É só mesmo mexer com o psicológico de qualquer um. Isso em uma compra de pequena monta, de R$ 2,99, até um veículo que você pode ter uma oferta de R$ 99.900 e não é R$ 100 mil", finaliza.
Fonte: G1

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