quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Demissões na indústria do Alto Tietê batem o recorde em outubro

Variação é de -1,833; queda de aproximadamente 1.200 postos de trabalho.
É o nono mês seguido de retração e o pior índice registrado no ano.


O nível de emprego industrial no Alto Tietê em outubro é o pior registrado este ano. Os dados da pesquisa foram divulgadas nesta terça-feira (17) pelo Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp).  A variação ficou em -1,83%, o que significou uma queda de aproximadamente 1.200 postos de trabalho, um recorde de demissões. É o nono mês seguido de retração.

Com os resultados de outubro, o nível de emprego acumulado no ano é de -6,86%, representando uma queda de aproximadamente 4.800 postos de trabalho na região abrangida pela Diretoria Alto Tietê do Ciesp, composta por oito municípios (Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Guararema, Itaquaquecetuba, Mogi das Cruzes, Poá, Salesópolis e Suzano).

Nos últimos 12 meses, o saldo é ainda pior: -8,10%, correspondente a uma redução de aproximadamente 5.700 vagas de emprego.

“Esses 4.800 postos de emprego fechados nesses 10 meses de 2015 correspondem a um aumento de 146% em relação ao ano inteiro de 2014, cujo saldo foi de 1.950 vagas encerradas. Portanto, 2015 já é o pior ano para a indústria brasileira e a Região não escapa desse cenário”, avalia José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê.

Segundo ele, o setor industrial enfrenta sérias dificuldades em razão da ineficaz política econômica, com produção em baixa, restrição de crédito, aumento de impostos e, principalmente, falta de perspectivas de mudanças a curto prazo. E um dos maiores reflexos desse conjunto na indústria de transformação se dá no nível de emprego.

“Dentro da necessidade de cortar despesas para sobreviver, rever os contratos com funcionários é imprescindível. Já há algum tempo, as indústrias da Região estão suprimindo as horas extras, reduzindo jornadas, usando todo o banco de horas, férias coletivas e, algumas, também o layoff. 

Mas quando se esgotam essas alternativas e, principalmente, não há uma perspectiva de mudança no cenário econômico e político, as demissões acabam sendo uma medida inevitável, infelizmente”, analisa o dirigente. “E não podemos esquecer, ainda, que se reduz a produção, a indústria também recolhe menos impostos, o que reflete na receita das prefeituras”, acrescenta Caseiro.

O índice do nível de emprego industrial, em outubro, foi influenciado pelas variações negativas dos setores de Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos (-6,47%); Produtos Têxteis (-5,87%); Produtos Químicos (-2,41%); e Metalurgia (-2,19%). Esses foram os setores que mais influenciaram o cálculo do índice total da Região.

Fonte: G1


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