sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Indústrias temem racionamento


A situação crítica da Bacia Hidrográfica do Alto Tietê, decretada na última terça-feira pelo Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), gerou apreensão na indústria local e um clima de incerteza sobre os desdobramentos que virão da medida.
O Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) teme restrições como as já ocorridas em outras regiões do Estado, onde a disponibilidade de água para o setor foi reduzida em 30% em alguns períodos.
“Ainda não sabemos quais serão as medidas a serem adotadas pelo Governo após essa portaria, mas temos ciência de que a indústria local possa, a exemplo do que já ocorreu em outras regiões, sofrer uma restrição na disponibilidade hídrica.
Só esperamos que, caso seja necessário um processo de redução nas captações de água, ele seja discutido previamente com os setores envolvidos para uma negociação, não deixando para o último momento, como sempre”, ressaltou o diretor do Ciesp Alto Tietê, José Francisco Caseiro.
“É fundamental que as medidas de restrição, se forem mesmo necessárias, ocorram de forma gradativa para evitar uma paralisação total da produção. Não podemos esquecer que a situação atual da indústria já é bastante difícil e um eventual racionamento pode agravar ainda mais o quadro”, acrescentou o dirigente.
Segundo o Ciesp, a Região conta com indústrias que possuem outorgas para captação direta no Rio Tietê, dentre as quais se destaca o setor de papel, e elas seriam altamente impactadas num caso de restrição. Há outras, porém, que possuem poços artesianos ou usam água do sistema público (Semae e Sabesp), que podem ter reflexos menores. O Alto Tietê reúne cerca de duas mil indústrias de transformação. 
Fonte: Mara Flôres

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