segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Alta do dólar prejudica empresas e consumidores do Alto Tietê

Agências de viagens priorizam pacotes para países na América do Sul.
Em outlet, empresária opta por revender produtos mais baratos.


O dólar nos últimos dias teve uma valorização acumulada de 6,25 % e chegou a valer r$ 3,57, o maior valor dos últimos 12 anos. Na região, pra quem trabalha com produtos importados e pacotes de viagens, só tem um jeito: adotar novas estratégias de vendas. Já o consumidor, o de mudar os planos.
Viajar para os Estados Unidos, ou para a Europa. Sonho para qualquer um, mas que nos últimos meses mais parece um pesadelo. “O dólar está muito alto, fica mais difícil viajar”, disse a dona de casa, Nailda Teixeira.
O dólar, a moeda americana tem sido a grande vilã das viagens internacionais para os brasileiros. Se quase tudo é em dólar, tem gente que prefere priorizar o real mesmo. É o caso da empresária Esther Hage.  Quando foi cotar uma viagem internacional, mudou de ideia. “Fiz orçamento para viajar para os Estados Unidos e deu quase R$ 10 mil. Para viajar pelo Brasil, dá em torno de R$ 2 mil. Então você economiza muito e dá para passear”, disse.
Em uma agência de viagens de Mogi das Cruzes o faturamento com viagens pra fora do país caiu cerca de 20%. Situação que, segundo o gerente, tem influência direta por causa da alta do dólar. “Se não é possível fazer uma viagem que o consumidor está planejando para os Estados Unidos, o jeito é trocar por um país da América do Sul, onde o custo benefício é maior”, disse o gerente de vendas, Guilherme Salvarani.
Em outra agência de viagens, também de Mogi, a saída para evitar prejuízos foi buscar alternativas de preços mais baixos em diversos segmentos que envolvem o turismo. “O aumento da cotação do dólar foi compensado com estratégia de promoções. Tanto de passagens aéreas, quanto a parte de hotelaria”, disse a supervisora de vendas Laura Tamburini.
O gerente Adriano Oliveira, que trabalha em uma casa câmbio explica que a variação do dólar depende de diversos fatores.“O dólar está variando bastante por causa da crise econômica dentro do Brasil, além do aumento de taxas lá fora” explicou.
E para quem compra em dólar para revender, esse, definitivamente, não é o ano que se esperava. Perfumes, óculos, bolsas entre outros produtos importados, ficaram mais caros. Com queda nas vendas em relação ao ano passado na outlet, a saída foi buscar alternativas para evitar mais prejuízos.
“Em comparação ao ano passado, as vendas caíram em torno de 30%. Começamos a optar por produtos diferenciados para mostrar para os clientes, porque não podemos deixar a crise nos atingir. É o momento de apostar em preços menores e novidades”, disse a empresária Joelma Monteiro Jorge.
Fonte: G1

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