quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Crise derruba exportações da Região no 1º semestre


Com o País apresentando indicadores econômicos pouco favoráveis, risco de queda no grau de investimento e o dólar ultrapassando a casa dos R$ 3,30, as exportações de cidades da Região tiveram queda de 13,9%, de acordo com o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) Alto Tietê. Os dados da balança comercial do primeiro semestre foram divulgados ontem e apontam que, no acumulado de janeiro a junho, a indústria regional totalizou US$ 399,1 milhões em vendas. Suzano foi quem apresentou os melhores resultados.
O volume de vendas colocou a diretoria do Ciesp Alto Tietê na 22ª posição no ranking entre as 39 regiões industriais paulistas. A situação atual é completamente diferente do cenário observado no primeiro semestre de 2014, quando a Região chegou à 20ª posição. 
O levantamento dos departamentos de Estudo e Pesquisas Econômicas (Depecon) e de Relações Exteriores (Derex) do Ciesp aponta que o Alto Tietê reduziu as exportações em 13,9% e as importações despencaram 17,9%. Com isso, a corrente de comércio regional teve retração de 16,5%, indo de US$ 1,31 bilhão para US$ 1,09 bilhão.
O saldo da balança comercial, no 1º semestre de 2015, foi deficitário em US$ 294,1 milhões, enquanto, no mesmo período de 2014, o saldo foi deficitário em US$ 381,2 milhões, uma redução de 22,9%.
“Essa queda nas exportações e nas importações é reflexo também da crise pela qual a indústria de transformação passa. Agora, os números são preocupantes porque com a valorização do dólar, esperava-se um melhor desempenho das vendas externas, num contraponto aos negócios no mercado interno, que estão parados.
Mas esse balanço mostra que, mesmo com o dólar alto, as nossas empresas enfrentam dificuldades para produzir e competir com os concorrentes externos, o que explica também a redução nas importações de matéria-prima e equipamentos”, avaliou José Francisco Caseiro, diretor do Ciesp Alto Tietê. “Ou seja, está muito ruim internamente e também está difícil lá fora, salvo para algumas poucas empresas”, acrescenta. 
Fonte: Lucas Meloni

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