terça-feira, 31 de maio de 2016

Exportadoras têm oportunidades


O momento é de oportunidade para as empresas exportadoras de Mogi, que obtêm bons resultados nos últimos tempos porque não dependem do mercado interno retraído e são favorecidas pela desvalorização do real frente ao dólar. As demais lutam para sobreviver neste período de turbulência econômica. Muitas investem em gestão, redução de custos e otimização da produção, aproveitando para focar no mercado externo. Ampliar a atuação torna-se fundamental para sobreviver à crise e se o consumo doméstico está reduzido, a alternativa é partir para o mercado global. Desta forma, tem-se como meta buscar alternativas para que o parque industrial da Região se mantenha entre os principais do Estado, com 2 mil empresas.
A avaliação é do diretor da Delegacia Regional do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), José Francisco Caseiro, em análise sobre o desempenho no Dia da Indústria no Brasil. Segundo ele, os empresários não têm muito o que comemorar neste período de recessão econômica, já que a indústria enfrenta a pior crise de sua história, resultado de um conjunto de fatores que vieram, desde 2014, minando a atividade produtiva, como juros altos, restrição de crédito, desvalorização da moeda e aumento de impostos, entre outros que contribuíram para o desaquecimento do consumo interno.
Todos os fatores que geraram a redução da demanda obrigaram, segundo Caseiro, as indústrias a frearem a produção, causando demissões. Na Região, o setor metalúrgico é um dos mais afetados, com retração de 15% do nível de emprego nos últimos 12 meses – 10 mil dispensas.
Ele afirma que a situação no Alto Tietê só não é mais grave porque a indústria tem característica diversificada e alguns setores se saem melhor no momento, como as exportações. Caseiro explica que os empresários buscam novos mercados e apostam em estratégias e gestão. Além disso, o diretor diz que várias medidas implantadas de forma forçada neste momento serão extremamente positivas também no período de retomada e que o Ciesp Alto Tietê tem insistido muito na união dos empresários, que precisam encontrar soluções conjuntas para os problemas.
“Já passamos da fase de acreditar em conto de fadas, de que tudo vai se transformar com um toque de varinha mágica, no entanto, do jeito que estava, era insustentável, principalmente por causa da queda na confiança. A mudança, portanto, foi necessária e há expectativas de que surta efeitos positivos. Não será de uma hora para outra e vai demandar medidas bruscas porque só apalpar não vai resolver”, argumenta. 
Fonte: Silvia Chimello

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