terça-feira, 23 de junho de 2015

Três setores demitem mais do que contratam no Alto Tietê, diz Caged

Consultoria na região registrou aumento de 60% na busca por emprego.
Três setores demitiram mais que contrataram em maio.


Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que  três setores demitiram 7,6 mil funcionários no AltoTietê. O saldo entre admitidos e demitidos ficou negativo nos setores de serviços, indústria e construção civil. Apenas o comércio admitiu mais do que contratou. No setor, foram 10% mais admissões do que demissões.

A crise econômica e o desemprego têm mudado a rotina nas agências de emprego do Alto Tietê. De acordo com a consultora de carreira Ivone Mello, a procura por empregos cresceu cerca de 60%. Segundo ela, só na agência onde trabalha são pelo menos 300 currículos entregues por dia."São pessoas que procuraram a nossa consultoria. Isso sem contar com os candidatos que fazem o cadastro pelo site", detalha Ivone

Uma opção para driblar a dificuldade de recolocação no mercado tem sido os cursos profissionalizantes. No Crescer da Prefeitura de Mogi, a procura por vagas dobrou nos últimos meses. "Nós tivemos em torno de 14 mil pessoas procurando os cursos. Acreditamos que isso está relacionado ao momento difícil que o país está passando", explicou Juliana Guedes, responsável pelo departamento.

"Eu quis melhorar e quis ter uma segunda renda para minha família", explica a pedagoga Ester Borges. O autônomo Francisco Carlos Silva disse que procurou cursos gratuitos para se qualificar mais. "Para quem tem mais qualificação sempre há serviço para fazer", diz.

Por outro lado, a procura por emprego no Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) de Mogi das Cruzes se manteve na média. De acordo com o diretor da Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do Estado de São Paulo (Sert), Eduardo de Jesus, houve crescimento nos pedidos de Seguro Desemprego.

"O que não quer dizer que elas tenham recebido, uma vez que com as limitações que o governo impôs muitas voltam sem receber nada. As vagas que temos aqui são para setor de serviços. Temos muitas oportundiades para telemarketing, cobradores e motoristas de ônibus. Hoje em dia, nossa maior dificuldade é a graduação. Muita gente não termina o ensino médio", finaliza.

Fonte: G1

0 comentários:

Postar um comentário